Quem chegou à idade adulta sem saber inglês e agora pretende aprender o idioma com sotaque igual ao de um americano nativo está mirando num objetivo totalmente inútil. O esforço para falar como alguém que nasceu nos Estados Unidos pode prejudicar a meta de aprendizado. “É mais realista tentar comunicar-se com eficiência. Aprender a falar perfeitamente sobre qualquer assunto, em qualquer circunstância, é quase impossível num curso", diz um professor do curso de inglês em Natal. Mas, se o objetivo é aprender inglês para ampliar as chances no mercado de trabalho, conseguir navegar sem problemas pela Internet e tirar proveito das informações que a rede oferece, ou ainda para se fazer entender no exterior, as chances são grandes.
Um adulto terá mais dificuldade para aprender do que uma pessoa que iniciar o curso mais cedo. Em primeiro lugar, o medo e a vergonha de cometer erros são maiores nos adultos do que entre os estudantes mais jovens. As pessoas mais velhas manifestam, ainda, uma tendência natural de pensar em português e depois traduzir a frase para o inglês, em vez de tentar compreender o sentido da língua. Isso prejudica a fluência e a compreensão do que o interlocutor está dizendo. Esses são alguns dos empecilhos mais encontrados.
Se você pretende estudar inglês, considere que ter nascido no Brasil é uma vantagem. Segundo os professores do curso de francês de Goiânia, a capacidade de o brasileiro se expressar no idioma só é menor do que a dos holandeses, escandinavos e alemães. Entre os latinos, o brasileiro é o que melhor se expressa.
As dificuldades mais apontadas pelos adultos:
1) Acompanhar o rendimento da turma e cumprir as exigências do curso;
2) Aprender a maneira correta de pronunciar as palavras;
3) Manter-se estimulando sem a perspectiva de utilizar o idioma no curto prazo;
4) Não ter oportunidade para praticar a língua fora da sala de aula;
5) Ser inibido e ter medo de expor dúvidas ou de errar diante dos colegas;
6) Usar livros desatualizados ou que tratem de situações fora da realidade do aluno.